segunda-feira, 31 de março de 2008

Hatchway





Frank Solari, Roger Solari e Kiko Freitas.

domingo, 30 de março de 2008

Hatchway Bass Tab (Frank Solari)

G------------------------------------------7-6----------------------
D----------------------------------------------9-7-9----------------
A--------------------------------------------------------------------
E-------------0-----------------------0-----------------------------


groove 1
G--------8-6---------------------------------------------------------------
D--9-7------7---7-6------6---------9-7---7-6-----------------------------
A------9-------8-----9-7---9-7---------9-----9-7-4/6-6-6----------------
E--------------------------------7------------------------------0-0-0-7*--

obs...na ultima vez não toca a nota (B*)

repete 2x
groove 2
G---------------------------------------------------------------------------
D-----3-2-0-2-0----0--------------------3-2-0-2-0-----3------2-5-------
A-----------------3----3-0H2------------------------3-1--1-2-3-----------
E--3---------------------------3-0-1-2-3------------------------------3\*-

*só na segunda vez


G------------------------------------------------------------------------------
D-----------------------5-3--3\2--2P0----------------------------------------
A---------------------------5----3-----3P0-2--3-4-5---5--0-5-x-5-5---------
E-0--0-0-0-0-0-0--0-3----------------------3--------------------------------
__T__T_ T_T_ T_T_ T


G------------2H3-------------------------------------------------------
D------4P2-------4-2-4-2----------------------------------------------
A----------4--------------4-3-2-----2----------------------------------
E-0--2--------------------------5-3------------------------------------



G--------8P6----------------------------------------------------------
D--9P7------7--7P6----6----------------3H4--------------------------
A------9------9----9-7--9-7-0-2-3-4-5-----------------3H4----------
E---------------------------------------------0-2-3-4-5---------------


G-------------------
D----5-------------
A------------------
E--3--0-3-X-3-3-


G----------------------------------------------------------------------------
D------------------------------------------------------------2---------------
A-------------3H4-----5------3H4------5/6\5-3-------------4-3-2---------
G--0-2-3-4-5-----3P0---3H5-----5-3-0---------5-3-0-2-----------5-3-----

groove 3
repete 3x
G----------------------------------------------------------------------------
D----------------------------------------------------------------------------
A------------5/6-----7--7--7/9-----------------4-----------6H7------------
E-/7--7-7-7------7-7--7--7------5--5-5-5-5H7---0--0-0-0-----0----------

na quarta vez...
G-----------------------------------------------------------------------------
D-----------------------------------------------------------------------------
A------------5/6-----7--7--7/9-----------------4---5-5-4-5-4-----5-4------
E-/7--7-7-7------7-7--7--7------5--5-5-5-5H7---0-------------7-5----7-5--


volta para groove 1...
groove 2...


G-------------------------------------x---x-------------------x----------
D-------------------------------------------------------------------------
A---------------------------------------x---5-5-5-x-5-x-5-5---2--------
E-0--0-0-0-0-0-0-3-3-x-3-x-3-x-3-------------------------------------
___T__T_ T_T_T_T_T_T__T_T_T_T_T_T_T_P_T_P_T_T_T_T_T_T_T_TU_P_T


G---x---------------------------------------------------------------------
D----------------------------------3H4----------3H4---5----------------
A-x--2-2-x-2-x-2-x-2-0-2-3-4-5----------------------------------------
E--------------------------------------0-2-3-4-5----3---0-3-x-3-3------
__T_P_T_T_T_T_T_T_T_ T

G------------------------------------------------------------------------
D-----------------------------------------------------2------------------
A------------3H4-----5-----3H4------5/6\5-3--------4-3-2------------
E-0-2-3-4-5-----3P0--3H5-----5-3-0---------5-3-0-------5-3-2-5----


G-------------------------------------------------------------------
D-------------------------------------------------------------------
A-----------------------0-x-x-x-2-2-2H4----------------------------
E-14\--0H2-2-2-x-x-----------------------------------------------
___T ____T___T_TU_T_P1_T_ T_TU_P1_T_TU_T

G----------------------------------------------------------
D----------------------------------------------------------
A----------------------------------------------------------
E-0-0-0-0-0-0--------------------------------------------
___T T T T T T...

**
G-------------------------------------------
D-------------------------------------------
A-------------------------------------------
E--5-5-5-5-5-5-5-5-5-5-5-5-5-5-5-5-----


G----------------------------------------------------------
D--------------------------------------11-9-7-------------
A---------------------x-5-x-5-5-x-7--7-------9-7---------
E--x-2-x-2-2-2--2-2---------------------------------5*---volta para**
___T_TU_P1_T_T_T_T_T_T_TU_P1_T_T_T_TU
*só na segunda vez


G-----------------------------------------------------------------------
D-----------------------------------------------------------------------
A------------------------------------3H5-----5-----3H4---------------
E--0----------------------0-2-3-4-5-----3P0--3H5-----5-3-0-2------

*volta para o groove 3 fazendo algumas variações, mas a parte rítmica permanece praticamente a mesma.

T - Thumb
TU - Thumb up
P - Pluck
P1 - Pluck com dedo (1) mão direita
H - Hammer on
P - Pool off
(/ ) - Up slid
(\) - Down slid
x - Dead note

Pra galera que gosta de um som instrumental de qualidade, ai esta uma ótima sugestão.
Pra quem não conhece, a musica Hatch Away é de autoria do guitarrista gaúcho Frank Solari, e faz parte do seu primeiro álbum gravado em 1993 de forma independente.
Participaram da gravação dessa faixa, o baterista Kiko Freitas e o baixista Roger Solari.
Roger e Frank são irmãos, ambos iniciaram seus estudos musicais no piano.
Aos 11 anos Roger mudou para o contrabaixo, e aos poucos conquistou seu espaço na musica instrumental brasileira, e hoje é considerado por muitos um dos melhores baixistas do mundo.

Na musica Hacth Away, como vocês podem ver o baixo e a guitarra tocam muitas frases simultâneamente, a maioria delas construidas em padrões de semicolcheia, o que torna a execução difícil. Ficando um pouco mais complexa sua execução no baixo, já que o instrumento impõe algumas dificuldades no que dis respeito a sua construção.
Nessa musica Roger faz uma combinção de técnicas como por exemplo o "groove 1" que é executado com pizzicato, e em algumas partes fazendo a condução com slap, técnica essa que é sua especialiade.
A musica é de execução complexa e precisa ser estudada com calma, para que as frases tenham uma boa sonoridade.

Bons estudos...
Eriberto.




sexta-feira, 28 de março de 2008

O Pai do Contrabaixo Elétrico.




No início dos anos 50, Clarence Leo Fender, perito em eletrônica de rádios e criador da guitarra elétrica que levava seu nome, observou que o contrabaixo acústico apresentava alguns inconvenientes para pequenas formações musicais, como seu tamanho e a sua baixa sonoridade em comparação com a guitarra elétrica , o que obrigava os contrabaixistas da época a colocarem microfones para uma maior amplificação do instrumento. Sob esse prisma, Leo Fender, na primeira metade de 1949, iniciou a construção de um instrumento que ficava entre a guitarra elétrica e o grande contrabaixo acústico. Em outubro de 1951, Leo construiu o primeiro contrabaixo elétrico da história, usado pela primeira vez na banda de Bob Guildemann (blues e rock).

O instrumento foi chamado de Precision Bass. “O primeiro corpo sólido destinado a ser um instrumento musical foi construído em 1943”, conta Leo. “Nessa época, eu tinha a patente dos sistemas de captadores. Sendo assim, nesse período, eu não estava particularmente interessado em sons musicais e sim em captadores. A amplificação de qualquer sinal me fascinava. O baixo Fender foi o próximo passo da evolução após a guitarra elétrica. Foi uma idéia que se tornou uma obsessão”.

De acordo com Leo Fender, não existiam cordas para contrabaixo elétrico nessa época. Então os músicos usavam cordas de instrumentos acústicos. “Tivemos de cortá-las e adaptá-las em nosso projeto. Nós as revestimos com uma fina liga de aço, permitindo assim que o sinal fosse magnetizado pelo imã do sistema de captadores que tínhamos inventado. Mais tarde, iniciamos a fabricação de cordas específicas para nosso novo instrumento”.
Seu principal objetivo com esse projeto era a comodidade. Além disso, Leo Fender queria construir um instrumento que pudesse oferecer maior sonoridade e que coubesse no porta-malas de um carro. Mas muita gente achou que ele estava ficando maluco. “Alguns amigos diziam que eu estava completamente louco e que eu nunca conseguiria vender isso”. Leo, porém, era um visionário e esses baixistas precisavam de um novo instrumento. E ele iria desenvolvê-lo.

O primeiro modelo foi construído no final dos anos 50. Diversos músicos quiseram experimentá-lo. Mas todos tocavam guitarra e não conseguiram entender como tocariam aquilo. O curioso é que os guitarristas, acostumados com uma outra técnica de execução, não tinham a mínima idéia de como criar “moldes rítmicos” no contrabaixo elétrico, já que todos nunca tinham ouvido, com a devida atenção, as estruturas rítmicas criadas nas músicas executadas no período.

Muitos dos baixistas que usavam baixos acústicos solenemente desprezaram o novo instrumento. Eles alegavam dificuldade de execução e também que a sonoridade era falsa em comparação à acústica.
As cordas eram afinadas de acordo com os moldes atuais, ou seja, Sol Re La Mi. Então, quando esse novo instrumento começou a despontar no cenário artístico mundial, os músicos limitavam-se simplesmente a repetir o que a guitarra fazia, mas uma oitava abaixo. O grande trunfo dele era, além do tamanho e maior qualidade sonora resultante, o fato de ter um braço mais curto que o similar acústico. Outro ponto positivo era possuir trastes. Isso facilitava muito sua execução.

Com a chegada revolucionária do baixo elétrico na década de 50, aos poucos o instrumento acústico teve suas funções direcionadas a outros estilos. Ele, assim, passou a ser utilizado em locais de ambiência mais apropriada.
Do início dos anos 20 até o final da década de 40, todas as formações musicais, principalmente as grandes bigs bands, utilizavam-se do grande contrabaixo acústico. Carinhosamente conhecido como big dog house (casinha de cachorro grande), os baixistas daquela época “penavam” para extrair uma maior sonoridade dele. Isso porque o contrabaixo acústico, em sua concepção estrutural, foi criado para ser usado em ambiente fisicamente apto para possibilitar uma maior expansão das ondas sonoras.

Naqueles tempos, somente os grandes teatros possuíam tal condição. É importante ressaltar que o contrabaixo acústico, ao contrário do baixo elétrico, tem como principal técnica de execução a utilização do arco. Quando essa peça é usada, o nível de sonoridade é compatível com a ambiência. Os baixistas que não trabalham em orquestras sinfônicas, porém, utilizam os dedos para obter o som do instrumento. É justamente aí que os problemas começam.
Tocado em forma de pizzicato, a sonoridade diminui drasticamente. Além disso, o pobre contrabaixista daquela época ainda estava cercado de instrumentos de sopro por todos os lados. Fato esse que contribuía, de forma decisiva, para que o som do “gigante” não fosse suficiente audível, comprometendo o resultado da música tocada.

Que sofrimento, não? Mas essa tortura estava perto do fim. Por ironia do destino, o homem responsável por uma das maiores revoluções em termos de instrumentos não era um engenheiro acústico, muito menos um luthier especializado em construção de modelos revolucionários, era um simples técnico de rádio apaixonado por amplificação de sinal sonoro: Clarence Leo Fender.
O criador da guitarra e do contrabaixo elétrico gostava de ouvir música ao vivo. O lendário inventor nasceu na área de Fullerton/Anaheim, sudoeste da Califórnia, em 1909. No final dos anos 30, ele abriu uma oficina de concerto de rádios chamada Fender Radio Service. Seus serviços eram procurados por muitos músicos, principalmente para reparos nos cabos e sistemas de captadores dos violões eletrificados utilizados na época. Mas, para que o primeiro baixo elétrico fosse criado, foi necessário que a guitarra elétrica viesse antes.

Ao efetuar reparos e ajustes nos instrumentos, Leo Fender se preocupava em melhorar o volume e o sinal de saída dos captadores usados para a amplificação. Os instrumentos eletrificados começavam a tornar-se uma constante na oficina do lendário inventor.
Dessa forma, no final do ano de 1946, Leo Fender montou uma nova empresa chamada Fender Electric Instrument Co.




Foi nesse período que o projeto da guitarra Telecaster nasceu. Apesar de sucesso de vendas, Fender tinha investido muito dinheiro nessa empreitada e o retorno financeiro foi, praticamente, para pagar dívidas. O extraordinário criador precisava de algo novo. Então, observando o tamanho, o desconforto e principalmente a falta de sonoridade, ele resolveu projetar um novo instrumento, algo que pudesse substituir a velha “ casinha grande de cachorro”. Foi no ano de 1951 que o mundo conheceu algo extraordinário. Era um novo contrabaixo! E muito menor que o gigante. Portanto, mais fácil de tocar e transportar

Algo de revolucionário no novo protótipo

Com o corpo maior que o da guitarra Telecaster e provido de quatro cordas originais do contrabaixo acústico, pois as que seriam utilizadas no instrumento elétrico ainda não tinham sido inventadas, o novo protótipo possuía algo revolucionário. Ele tinha trastes. Ao contrário do contrabaixo acústico, era possível emitir qualquer nota da escala com absoluta precisão. E foi isso que Leo pensou. “Vai se chamar Precision Bass porque é preciso”.




As inovações técnicas não paravam nesses quesitos. Antecipando que os futuros músicos utilizariam o polegar para tocar a exemplo da guitarra elétrica , foi elaborada uma pequena peça de formato retangular, que possibilitou que o baixista apoiasse os demais dedos da mão direita (indicador, médio e anular) enquanto seu polegar estivesse tocando. Leo Fender denominou tal dispositivo de fingers rest. Existiam ainda duas placas cromadas que cobriam os captadores e a ponte.

É importante ressaltar que essas pequenas engenhocas não tinham apenas função decorativa. O escudo instalado sobre os pick ups, por exemplo, deveria proteger o conjunto de captadores. Por cima da ponte, uma pequena peça de borracha foi concebida com o objetivo de abafar as notas (rubber string mute).

Parece difícil aos baixistas do século XXI, acostumados com a excelente sonoridade de um moderno instrumento ativo plugado em um amplificador de última geração, compreender que o Precision Bass foi concebido com a intenção de imitar o som do baixo acústico. Para entender tudo isso, é preciso aprender a ouvir não somente a música daquela época como também ter conhecimento sobre as profundas mudanças e o impacto que o lendário Precision Bass ocasionou. Pouco a pouco, o gigante teve suas funções direcionadas a outros estilos como o jazz. E, portanto, passou a ser executado em locais de ambiências acusticamente tratadas, nos quais cada nota poderia ser ouvida com toda a dignidade que o contrabaixo acústico merece.

Características Técnicas do Baixo Elétrico

O corpo foi fabricado em ash da cor amarela e foi revestido com um escudo plástico (pickguard) preto. Provido de 20 trastes, o braço foi feito de maple. Os mecanismos de tarraxa eram adaptados do contrabaixo acústico. O sistema de captação era um simples single coil. Existiam também dois knobs. Um para o controle de volume e outro para a tonalidade. Fabricada de inox, a ponte era provida de dois suportes um para cada par de cordas construídos de fibra prensada.


Até...

História do Contrabaixo.

O contrabaixo tem suas origens remotas na Baixa Idade Média, período compreendido entre o Cisma Grego-Oriental (1054) e a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos (1453). Descendente de uma família chamada "violas", que se dividia em dois grupos, violas de braço e violas de pernas, o contrabaixo é hoje o herdeiro maior e de som mais grave deste segundo grupo.

Por volta de 1200, o nome gige era usado para destinar tanto a Rabeca, instrumento de origem árabe com formato parecido com o alaúde como a guitar-fiddle (uma espécie de violão com o formato semelhante a um violino). No Sacro Império Romano Germânico, quase todos os instrumentos eram chamados pelo nome de gige, havendo a gige pequena e a grande. A música executada neste período era bastante simples, as composições situavam-se dentro de um registro bastante limitado e no que tange à harmonia, as partes restringiam-se a duas ou três vezes. Era muito comum instrumentos e vozes dobrarem as partes em uníssono.
Com o passar dos anos, o número de partes foi expandido para quatro.

Aproximadamente na metade do século XV começou-se a usar o registro do baixo, que até então era desconsiderado. Com esta nova tendência para os graves, os músicos precisavam de instrumentos especiais capazes de reproduzir ou fazer soar as partes graves. A solução encontrada pelos construtores de instrumentos, os luthiers, foi simplesmente reconstruir os instrumentos existentes, mas em escala maior. Ocorre, então, uma evolução técnica e artística de um instrumento em conjunto com a história da música. Assim, a evolução no número de partes da harmonia trouxe a necessidade de se criar outros instrumentos que desempenhassem satisfatoriamente aquela nova função.

De qualquer modo, seu ancestral mais próximo foi o chamado violino, que no início do séc. XVII tornou-se o nome comumente designado à viola contrabaixo, mas apenas na metade do séc. XVII o nome do contrabaixo separou-se do violino. E começou a ter vida própria. Entretanto, até a metade do séc. XVIII o instrumento não era utilizado em larga escala, tanto que em 1730 a orquestra de J. S. Bach não contava com nenhum contrabaixo. Ainda faltava um longo caminho para a popularização.
Com o desenvolvimento da música popular no final do séc. XIX, principalmente no que diz respeito ao jazz, inicia-se assim a introdução do contrabaixo com uma inovação: ele não era tocado com arco... apenas com os dedos a fim de que tivesse uma marcação mais acentuada.
O jazz se populariza e durante toda a primeira metade do séc. XX, o baixo só pode ser imaginado como um imenso instrumento oco de madeira usado para bases de intermináveis solos de sax, se bem que era usado também no princípio do blues e do mambo (estou falando de antes da 2º Guerra Mundial).

Assim foi até que em 1951, um norte-americano chamado Leo Fender cria um baixo tão elétrico quanto à guitarra elétrica que também criou. O primeiro modelo foi denominado Fender Precision, e o nome não era casualidade: frente aos tradicionais contrabaixos, com o braço totalmente liso, o novo instrumento incorporava trastes, assim como suas guitarras.

Parece uma bobagem, mas o detalhe dos trastes faz com que a afinação do baixo seja muito mais precisa, eis aí a origem do nome. Mas a revolução fundamental que representa o baixo elétrico frente ao contrabaixo é a amplificação do som. Se a solução antigamente havia sido aumentar a caixa de ressonância, transformando o violino em um instrumento imenso e com cordas muito mais grossas, desta vez a solução foi inserir uma pastilha eletromagnética (captador) no corpo do instrumento para que o som fosse captado. Além do mais, a redução do tamanho do instrumento permitiu aos baixistas transporta-lo com mais comodidade, e poder viajar no mesmo ônibus dos outros músicos portando seu próprio instrumento.

Mas nem tudo seria apenas vantagem, sobretudo para aqueles que tocavam baixo, mas não eram realmente "baixistas". Até então, o contrabaixo era o instrumento que todos acreditavam serem capazes de tocar, principalmente porque não se ouvia, de modo que muitos mais representavam em palco do que realmente tocar o baixo. A amplificação trouxe à tona quais eram os verdadeiros baixistas.
Deve-se dizer que antes de 1951, na década de 1930, houve arriscadas e valentes tentativas de se fazer o mesmo, principalmente por parte de Rickenbacker. Mas se mencionei o Precision de 1951 como o primeiro baixo elétrico é porque é o primeiro que se pode considerar como tal, já que o anterior entraria na categoria de protótipos. Como é lógico, depois vieram outros modelos (como o Jazz Bass, também de Fender), as imitações, etc. Mas o significativo é que você pode comprar hoje em dia um Precision com quase as mesmas características que aquele, pois a maioria dos baixos atual se baseia em seu desenho.

Os músicos de jazz e blues, a princípio, acharam a idéia interessante mas mantiveram-se em seu tradicionalismo. Somente muitos anos depois o baixo elétrico seria tão popular no jazz e no blues quanto o acústico. No caso do blues, ele surgiu assim que Muddy Waters introduziu a guitarra neste ritmo, ainda que seu baixista, o mitológico Willie Dixon usasse um acústico. No caso do jazz, o baixo elétrico só veio à tona com Miles Davis.
Nos anos 60, o papel do baixista segue sendo, basicamente, o mesmo que nos anos 50: um suporte harmônico de fundo. A partir de 1967, o baixo elétrico começa a aparecer, fundamentalmente no rock'n'roll. O melhor exemplo talvez seja o disco Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, (baixar cd). Aqui já podemos começar a falar de linhas de baixo de temas pop, tal como os conhecemos atualmente.

Os anos 70 apresentam a maturidade do baixo. Os produtores começam a prestar mais atenção no potencial do instrumento e o contrabaixo assume uma importância maior, como no surgimento da disco music. É fundamental também o surgimento do rock progressivo, o jazz fusion, o latin rock, o heavy metal, o punk, o reggae, o funk e a soul music.

O desenvolvimento da década de 80 apresenta a maturidade de alguns estilos musicais e o desaparecimento de outros. Percebe-se neste período que o baixo já não é imprescindível, e que pode facilmente ser trocado por um sintetizador. Mas isto não acontecia apenas com o baixo, mas também com a guitarra e a bateria, já que o sintetizador era o instrumento fetiche do início da década.

Para felicidade nossa esta tendência de trocar todos os instrumentos por um só foi passageira. E os grupos voltaram, sejam eles de rock ou jazz, tanto o baixo elétrico quanto o acústico estavam novamente no palco. . O jazz começava a abrir um campo especificamente voltado para o contrabaixo elétrico, assim o instrumento se desenvolveu rapidamente, tornando-se um dos mais importantes instrumentos da musica moderna.

A figura 1 ilustra um dos primeiros prospectos, com a figura do Precision junto ao nosso conhecido Bass Man.
A figura 2 ilustra uma peça publicitária realizada no final dos anos 50, na qual Monk aparece com um P Bass.
O jazz ainda ajudou o P Bass por meio da figura do baixista Shifte Henry, que trabalhava em Nova York em diversos grupos.O músico não apenas aprovou o primeiro
baixo elétrico da história como também foi seu primeiro endorser (figura 3).







Mas a história não acaba ai não...até!